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Mais sobre o Second Life, se me permitem.
Em tempos de long tail e bubble 2.0, não tem hype que sobreviva ao seu e ao meu cansaço.
Começo, inclusive, a desconfiar que será arrastando nosso tédio de uma bolha, ou melhor de uma "novidade" pra outra que vamos viver.
Sai Orkut, entra Second Life, sai SL, entra WoW, sai todo mundo, entra MySpace, sai MySpace, entra metaverse.
Semana passada ou retrasada, o Estadão publicou um estudo que afirma que entre 18 e 54 anos, neguinho já assiste mais a media digital do que as análogas. Duas horas mais, na média.
Fica ele lá, pulando da web pro e-mail, pro podcast, videocast, webcast.
E nós correndo atrás.
O Nielsen garante que nos últimos 4 anos, o tempo médio diante da telinha caiu 1 hora. Das 7.4 que mamãe gastava por semana, agora são só 6.3.
Nielsen knows better.
Se estão em blogs, mandando sms, no second life ou em sites de sacanagem, não tenho nenhuma pesquisa. No Second Life são quase 2 milhões. 90 mil no Brasil. Não é um número grande e suspeito que esteja inflado.
O treco é chato, lento e tem resolução duvidosa.
Dizem os meninos que WoW rocks.
Mas não dá pra por a Lever lá dentro, convenhamos. RPG não precisa de OMO.
Por isso SL é melhorzinho.
Não é uma revolução, mas gera buzz.
Daqui uma semana acaba.
Ou um ano. Whatever.
A concessionária Volkswagen que a gente montou, por um custinho assim ó, em 4 dias foi para a Folha, para O Globo, para o Jornal da Record. Sem falar nos blogs e sites de notícia publicitária.
Que paradoxo, afinal: sujeito foge do jornal e vai pra net, a gente vai pra net pra virar notícia de jornal.