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A quantidade de gelo no Artico encolhe no verão e aumenta no inverno.
Sempre foi assim. Não precisa entrar em pânico.
Desde 1979 a região passou a ser monitorada por satélite.
Dados fornecidos por um instituto americano que monitora o Artico, dão conta que na média a região tem 2.69 milhões de milhas quadradas de gelo.
Acontece que o mesmo instituto, informou que neste verão, a região encolheu 20% mais do que a média.
Ou seja, por causa do aquecimento global, do efeito estufa, 20% mais gelo do Artico virou mar.
A primeira consequencia de mais gelo derreter, é que o nível do mar aumenta e coloca em risco algumas regiões costeiras, como é óbvio.
O que não é tão óbvio é que o gelo é branco por isso reflete a luz do sol, afastando parte do calor.
Mas quando o gelo vira mar, menos calor é refletido e o planeta esquenta mais.
E mais gelo derrete. Assim, numa reação em cadeia, o mar esquenta mais, e em consequencia, derrete mais gelo. Percebeu?
Por essas e por outras, talvez eu venha trabalhar a pé amanhã.

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O que Corinthians, o PT e o Partido Republicano Americano têm em comum?
Veja, outro dia, assistindo a primeira partida do Corinthians sob a direção de Antonio Lopes, me dei conta de um fato curioso. Antonio Lopes – que foi delegado antes de ser técnico - na beira do campo, gritava como louco e o time, subitamente começou a trocar passes, visivelmente tentando impressionar o novo treinador. Não que eu não gostasse do Marcio, mas fazia tempo que não via o Corinthians jogar assim. Aí lembrei que o principal argumento da diretoria ao demiti-lo, foi que ele se tornou ‘muito amigo’ dos jogadores. Sinal dos tempos esse. Um líder perde o emprego por ser muito amigo de seus liderados. Ao que tudo indica, o clima estava bom demais. Decisão difícil essa de demiti-lo. Até um tempo atrás, seria politicamente inaceitável. Afinal, ‘tudo pelo espírito de equipe’. Tudo pelo sprit dês corps. Tudo em nome do coletivo. Mas ao que parece, não é mais assim. E não é só no Corinthians.
Uma de nossas grandes corporações políticas, o PT, não teve a mesma sorte que o timão e ruiu. Não seria José Dirceu, no PT/governo a materialização da idéia de que tudo vale se for em nome do coletivo? Afinal, Dirceu, até onde se sabe, não buscou o enriquecimento pessoal. Seu sonho era viabilizar um conceito muito pouco tangível. Concretizar um tal projeto petista, que – diga-se de passagem - poucos são capazes de descrever exatamente do que se trata. Como Marcio ficou amigo demais de seus liderados, Dirceu ficou amigo demais da causa do PT. Deu no que deu.
O coletivo, a equipe, o partido, a causa estão ficando fora de moda.
Nao quero com isso sugerir que Corinthians ou PT inauguraram essa tendência. É onde entra o Partido Republicano Americano.
Recente editorial do New York Times, trata do caso onde o líder do Governo no Congresso, Tom DeLay, foi pego num escândalo tentando fraudar as eleições no Texas. O jornal evitou os detalhes sórdidos de sua negociata severiana, preferindo ater-se a uma analise mais objetiva das características políticas de DeLay. Segundo o jornal, o crime em questão não teve motivações pessoais. DeLay também não buscava enriquecimento pessoal. Era um “homem-do partido”. O partido, a causa republicana, estava acima de seus interesses. E conforme ficou provado, para ele esses interesses estavam acima até mesmo da lei. Caiu.
O fato é que depois de perceber que Corinthians trocou o bem estar do grupo pela autoridade de um delegado, que o PT lutou até alem da legalidade pelo interesse de sua causa, e que Republicanos incorreram em erro semelhante, percebo que – por qualquer viés que se observe – o bem coletivo está em baixa.
É natural enxergar nessa delicada mudança de valores uma ameaça sutil à sagrada democracia, que todos sempre buscamos.
Pior, quando constatamos que na busca incansável pelo Bem, fomos roubados por Severinos e Dirceus, por Collors e Maluf, percebemos o quanto somos ingênuos. Na busca por nosso bem comum, fomos roubados por direita, centro e esquerda. Não faltou ninguém para nos surrupiar.
Talvez nossa saída seja mesmo o Antonio Lopes.
A do Corinthians, foi.

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Pobres de nós.
Vivemos num país desprezível.
Estamos absolutamente imersos na criminalidade.
Somos permeáveis e permissíveis ao crime.
Nos acostumamos a uma situação absolutamente inaceitável.
Nosso governo compra dólares negros e envia para o exterior e abre empresas frias em paraísos fiscais e paga por serviços escusos com dinheiro sujo.
É o governo que faz isso.
E o faz sistematicamente.
E é evidente que não foi apenas esse governo.
E tem que presta os serviços sujos e recebe com dinheiro escuso.
E também é claro que não o fez só para esse governo.
É uma corja, uma quadrilha, uma rede de criminalidade jamais sonhada.
Uma gente sem escrúpulos, que troca de partido, vira governo, vira oposição, mas está sempre lá.
Vejo os deputados, os senadores, os publicitários e marqueteiros, os donos de restaurante, os advogados e não confio mais em ninguém.
Severino era o terceiro na linha de sucessão do cargo mais importante do país.
E recebia dinheiro do dono do restaurante da Câmara.
Nem ambicioso ele era. O sujeito do restaurante lhe pagava propina.
Não era uma empreiteira ou um grande industrial.
A fome por dinheiro era tanta, que a corrupção começava e terminava no restaurante da casa legislativa mais importante da nação.
O chefe da casa civil vai morrer negando o inegável, mas lá se construiu o maior esquema de corrupção que se tem notícia talvez em todo o mundo.
Importa se o Lula sabia?
Importa se ele é o único inocente nesse mar de lama?
Nosso governo nos roubou usando doleiros.
Esses escândalos foram nos sendo apresentados tão a conta-gotas, que perdemos a noção da gravidade dos fatos.
Acorda brasileiro.
Fomos roubados.
Fomos descaradamente enganados.
Estamos sendo enganados por Collors, por Malufs, por Dirceus.
Gente que não nos rouba milhares.
Roubam bilhões.
E enfiam em bolsos, em malas, em cuecas.
Roubam tanto que não têm tempo para usufruir o que roubaram.
Roubam nosso orgulho.
Roubam nosso trabalho.
Temos uma das mais altas taxas tributárias do mundo porque o apetite por fortuna e poder de nossos corruptos é maior, e mais insaciável, do que a do leão do imposto de renda,
Roubam nossa dignidade.
Os de direita, os de centro e os de esquerda.
Não há tributação que baste para repor o que nos foi roubado pelos governos dos últimos anos.
Roubam nossos sonhos.
E assim, vivemos num país onde a educação, a saúde e a infra-estrutura urbana estão sucateadas.
Não há dinheiro que chegue.
Querem bilhões, querem conchavos.
Na troca do presidente da Câmara, no momento tão grave que vivemos, não se ouve nada sobre projetos para o país.
Apenas mais conchavos e acordos para decidir quem assume o chiqueiro no ano que vem.
Acostumamos com as manchetes. Acostumamos com o crime ao nosso redor. Estamos cercados por assaltantes ou miseráveis nos semáforos e somos liderados por deputados e senadores [boa parte deles] corruptos.
Deputados e senadores [boa parte deles] ignorantes, que mal conseguem expressar-se em português.
É inaceitável.
Quem é cidadão de bem, quem trabalha, quem tem sonhos, quem paga impostos, quem tem orgulho de ver a seleção jogar, quem não gosta quando as agências de fora dizem que somos um país de risco, quem se enfurece quando nos chamam de macaquitos, quem tem vergonha de brasília, quem tem vergonha do governo, não pode mais aceitar.
Precisamos nos unir.
Somos a maioria.
Fora com esses políticos.
Fora com todos eles.
Que todos paguem por uma enorme minoria de ladrões.
Que se prendam os corruptos todos.
Que se acabe com as imunidades.
Que se devolva o que for porssível resgatar de nossa honra e de nosso dinheiro.
Que se troque quem está lá por gente mais digna, inteligente e honesta.